Tanques sírios invadem Hama, 45 morrem em repressão
Em reação à intensificação dos ataques contra cidades sírias, o Conselho de Segurança da ONU superou profundas divergências e condenou a sangrenta repressão de Assad contra manifestantes civis. Foi a primeira medida concreta pela Organização das Nações Unidas com relação à revolta que já dura cinco meses na Síria e pede liberdades políticas.
Um ativista que conseguiu deixar a cidade sitiada disse à Reuters que 40 pessoas foram mortas por tiros de metralhadoras e bombardeios por tanques no distrito de al-Hader, ao norte do rio Orontes, na quarta-feira e na manhã de quinta-feira.
O ativista, que se identificou como Thaer, disse que mais cinco civis, inclusive duas crianças, foram mortos em uma rodovia ao tentar deixar Hama de carro.
Autoridades sírias expulsaram a maior parte da mídia independente, tornando difícil confirmar relatos de testemunhas e informações oficiais.
Moradores disseram mais cedo que tanques avançaram para o centro de Hama na quarta-feira depois de bombardearem intensamente a cidade e ocupar a principal praça de Orontes, local de alguns dos maiores protestos contra Assad.
O presidente é sucessor do pai, o falecido presidente Hafez al-Assad, desde 2000.
Franco-atiradores se espalharam pelos telhados dos prédios e em uma cidadela próxima. Eles disseram que os bombardeios estavam concentrados em al-Hader, distrito que sofreu intensa destruição em 1982 quando forças leais a Hafez al-Assad invadiram Hama para reprimir insurgentes islâmicos, matando milhares de pessoas.
Defensores de direitos humanos afirmam que mais de 90 pessoas, sem incluir os últimos dados, foram mortos em Hama, desde que Assad lançou um ataque militar no domingo para reprimir a insurgência contra seu governo autocrático.
(Reportagem de Khaled Yacoub Oweis)
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial