quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Jornais dos Países do Oriente Médio (Painel do Coronel Paim)

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Países do Oriente Médio (Painel do Coronel Paim)

O Oriente Médio é composto por 15 países, são eles:AfeganistãoArábia SauditaBahrainCatar,Emirados Árabes UnidosIêmenIrãIraque, Israel,JordâniaKuwaitLíbanoOmãSíria e Turquia.

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Continentes Asiático - Oriente Médio (Painel do Coronel Paim)

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Palestinos protestam em funeral de vítima de conflito em Belém

Palestino de 27 anos morreu em confronto com polícia israelense.
Manifestantes jogaram pedras e foram reprimidos com gás lacrimogêneo.

Do G1, em São Paulo
Centenas de palestinos protestaram nesta quarta-feira (14) durante o funeral de um palestino de 27 anos que foi morto em um confronto com a polícia em Belém na terça-feira (13), segundo a Reuters.

Imagens mostram palestinos que lançam pedras nas forças de segurança israelenses, que reagem jogando bombas de gás lacrimogêneo.

O cortejo com o corpo de Mutaz Zawahreh passou por várias ruas estreitas da cidade. Bandeiras de vários grupos podiam ser vistas.

Palestinos lançaram uma greve geral após a morte de Zawahreh, de acordo com a mídia palestina.

A tensão aumentou na região devido ao aumento no controle do acesso a ao complexo onde fica o Muro das Lamentações a mesquita de al-Aqsa, um local em Jerusalém Oriental considerado sagrado por judeus e muçulmanos. Palestinos temem que Israel mude o acesso atual à mesquita, onde judeus podem visitar mas não podem rezar, algo que Israel diz que não pretende fazer.

Israel começou a instalar nesta quarta postos de controle nos acessos aos bairros palestinos de Jerusalém Oriental, a parte palestina da cidade anexada e ocupada por Israel. Medida foi tomada primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, após o dia mais violento desde o início da atual onda de violência entre palestinos e israelenses em 1º de outubro.

Na terça-feira, três israelenses morreram. Dois morreram e 10 ficaram feridos em Jerusalém Oriental quando duas pessoas atacaram um ônibus. Poucos minutos depois, um homem avançou com um carro contra um ponto de ônibus em um bairro ultraortodoxo de Jerusalém Ocidental: uma pessoa morreu e oito ficaram feridas.
Os três agressores eram procedentes de Jerusalém Oriental, assim como a maioria dos autores dos ataques recentes com facas que espalharam o pânico no país.
O gabinete de segurança do primeiro-ministro também decidiu "autorizar a polícia a fechar ou impor um toque de recolher nos bairros de Jerusalém em caso de confrontos ou incitações à violência", segundo o comunicado.
A instalação de postos de controle em Jerusalém Oriental já foi adotada no passado e provocou a revolta dos palestinos, já que a medida dificulta a vida cotidiana, como por exemplo a viagem das crianças até a escola.
Palestino atira de volta uma bomba de gás lacrimogêneo lançado por soldados israelenses durante confrontos em Belém (Foto: Mussa Qawasma/Reuters) 
Palestino atira de volta uma bomba de gás lacrimogêneo lançado por soldados israelenses durante confrontos em Belém (Foto: Mussa Qawasma/Reuters)

terça-feira, 13 de outubro de 2015

A guerra na Síria e a economia russa

13 de outubro de 2015 Serguêi Aleksáchenko, economista
Conflitos não terão impactos imediatos, mas em longo prazo, já que podem deviar recursosdos Emirados e da Arábia Saudita que seriam destinados ao país.
Ilustração: Iorsh
Como qualquer outra guerra no Oriente Médio, a da Síria tem contexto econômico, já que se encontra ao lado das maiores jazidas de petróleo e gás do mundo. Assim, o conflito terá, inevitavelmente, consequências econômicas de curto e de longo prazo para a Rússia.
A Síria em si não é um grande 'player' no mercado mundial de hidrocarbonetos. Mesmo nos anos mais prósperos, ou seja, no início dos anos 2000, o país produzia pouco mais de 520 mil barris de petróleo por dia (cerca de 0,6% da produção mundial).

Desde o início da guerra civil síria, e após a introdução de sanções europeias ali, a produção de petróleo no país começou a cair rapidamente. No início deste ano, segundo estatísticas oficiais, ficou em pouco mais de 30 mil barris por dia.
A produção de gás na Síria também não é significativa, se comparada à dos maiores produtores mundiais. Hoje, o país extrai cerca de 5,5 bilhões de metros cúbicos de gás por ano.

Sem impacto energético, mas...
Nesse contexto, podemos afirmar que os futuros acontecimentos no território sírio, independentemente de quem vai vencer a guerra, não terão impacto significativo sobre o mercado energético global.
No entanto, a interferência direta da Rússia na crise pode levar a consequências econômicas muito mais graves. Embora as autoridades russas afirmem que as forças aéreas russas bombardeiam posições do Estado Islâmico, inúmeras fontes na região declaram que o principal objetivo dos ataques é a chamada oposição moderada, que luta contra as forças de Bashar Assad.

Os países mais importantes da região,  como Turquia e Arábia Saudita, apoiam essa oposição sunita na Síria, e a participação russas nos combates aprofundar ainda mais os problemas políticos e econômicos da Rússia.

Devido às sanções relacionadas à crise ucraniana, o país já perdeu acesso aos mercados financeiros dos EUA e da União Europeia, e o governo contava com o capital de países do Golfo como uma alternativa, com o anúncio de investimentos na Rússia na ordem dos US$ 10 bilhões e dos US$ 7 bilhões de dólares por Arábia Saudita e Emirados Árabes, respectivamente.

Mas, claro, no caso de uma operação militar prolongada, ambos os países devem rever seus planos, que já haviam sido anunciados pelo Fundo dos Investimentos Diretos da Rússia.
Devido a sua posição geográfica, a Turquia também desempenha um papel fundamental na construção de infraestrutura de transportes entre a Europa e a Ásia. Nos próximos anos, os turcos planejam construir diversos gasodutos para ligar Irã, Azerbaijão e Turcomenistão à Europa. Além disso, os novos gasodutos passariam, inevitavelmente, pela Síria.

É claro que ninguém construirá gasodutos na Síria em plena guerra civil. Mas, teoricamente, essa situação poderia ser útil para a estatal energética russa Gazprom. No entanto, a gigante do gás não pode levar a sério que as dificuldades turcas em receber gás do Qatar tornem amoleçam o país nas negociações.

Como resultado, no curto prazo, a operação militar russa na Síria não prevê nem perdas nem ganhos significativos, no plano econômico. Mas, se a a Rússia não conseguir sair do conflito em um futuro próximo, perdas econômicas significativas serão inevitáveis.
Serguêi Aleksáchenko foi vice-presidente do Banco Central da Rússia de 1995 a 1998.
Os textos publicados na seção “Opinião” e "Blogs" expõem os pontos de vista dos autores e não necessariamente representam a posição editorial da Gazeta Russa ou da Rossiyskaya Gazeta

Oriente Médio poderá enfrentar guerra total, diz jornalista turco


Por Vladimir Platonow Edição:Nádia Franco Fonte:Agência Brasil
O cenário político no Oriente Médio, com a desagregação da Síria, o aumento do número de refugiados e a expansão territorial do grupo Estado Islâmico, além da intervenção de países como Estados Unidos, Rússia, China e França, poderá levar a região a uma guerra de grandes proporções. A análise é do jornalista Kamil Ergin, correspondente no Brasil da Agência de Notícias Cihan, que já trabalhou em dez países, incluindo Rússia, Geórgia, Somália, Macedônia e Kosovo.
Segundo Ergin, o atentado de sábado (10) em Ancara, capital turca, que deixou 105 mortos, faz parte desse teatro geopolítico, que mistura religião, política interna e externa e interesses econômicos. Além da dramática situação na Síria, com uma guerra civil que já completou quatro anos, o jornalista alerta para a situação igualmente frágil de países como o Iraque e de zonas fronteiriças com o Irã e a própria Turquia, onde vivem cerca de 15 milhões de curdos, povo que, após a 1ª guerra mundial, dividiu-se e vive hoje em quatro países. De acordo com Ergin, os curdos representam 20% da população do país, de 78 milhões de habitantes.
“É um ensaio da 3ª guerra mundial. Com a entrada da Rússia, os Estados Unidos também querem fortalecer sua posição. A China adotou posição pró-Assad. A Rússia já avisou que, se a França bombardear a Síria, vai reagir. É como um prédio balançando. Fazer uma reforma é impossível. Melhor é demolir e construir um prédio novo. Este prédio vai cair”, afirmou o correspondente, durante palestra no Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro.
Ergin diz que o resultado das eleições nos Estados Unidos, no próximo ano, também poderá influenciar na geopolítica do Oriente Médio. Para ele, se o Partido Republicano vencer, aumentam as chances de uma intervenção direta americana na região.
A situação na Turquia preocupa o jornalista, que cita a questão curda, e os refugiados vindos da Síria. “A divisão curda na Turquia já começou e vai acelerar. Minha expectativa é que, em dez anos, essa divisão vai acontecer, não tem saída. Aí, poderá ocorrer um conflito interno.” Para ele, a Turquia perdeu a chance de diálogo com os curdos, para manter um país compartilhado. “A divisão curda vai afetar a região, vai acelerar a união entre os curdos do Iraque, da Síria e da Turquia.” O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) reivindica a independência.
Embora tema o recrudescimento da situação regional, com uma guerra de maiores proporções, envolvendo vários países, o jornalista diz esperar que possa surgir daí uma nova composição geopolítica, nos moldes do que ocorreu na Europa, que saiu de uma guerra com milhões de mortos para a formação da União Europeia, com livre circulação de pessoas e uma moeda comum. “Dentro de 20 ou 30 anos, a região do Oriente Médio vai conseguir formar uma união, como hoje existe na União Europeia. Sem um acordo geral, os conflitos nunca vão acabar. Sobram só duas opções, ou concordam em uma região unida, ou vão continuar a luta. Na 2ª guerra mundial, os países lutaram até a última bala. Quando tudo acabou, eles sentaram e fizeram um acordo.”
Kamil Ergin trabalha em São Paulo como coordenador para a América Latina do Grupo Zaman, que edita diversos veículos impressos na Turquia, incluindo o jornal de maior circulação no país, que, segundo ele, tem tiragem de quase 1 milhão de exemplares. O grupo é ligado ao Movimento Gülen, fundado pelo escritor, pensador e educador turco Muhammed Fethullah Gülen, atualmente autoexilado nos Estados Unidos, por discordar do governo turco. O Gülen defende uma interpretação mais leve e atual do Islã e o pacifismo.
Procurada para comentar a atual política turca para a região e também com os curdos, a Embaixada da Turquia no Brasil emitiu nota na qual diz que os cidadãos curdos gozam de todos os direitos constitucionais e vivem integrados com o resto da população, residindo não apenas próximos da fronteira com a Síria, mas espalhados por diversas partes do país. A embaixada afirma que a Turquia não tem problemas com os curdos, mas com a organização PKK, que classifica de terrorista. De acordo com a nota, o PKK tem apoio limitado entre os curdos e visa à separação do país.
A embaixada diz ainda que a Turquia não deseja, nem prevê uma guerra total no Oriente Médio, o que representaria a destruição completa da região. “A estabilidade e prosperidade da região é de máxima importância para a Turquia. O que motiva o país a promover avanços nas relações bilaterais com os países da região e também trabalhar com seus amigos e aliados rumo a este objetivo.”

sábado, 10 de outubro de 2015

Palestina pede que ONU proteja civis de onda de violência de Israel

Onda de violência abala a região há dez dias.
Carta foi divulgada pela imprensa em Jerusalém.

Da EFE
A Palestina pediu neste sábado (10) a intervenção da ONU para proteger a população civil de Israel em Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental, após a onda de violência que abala a região nos últimos dez dias.
"É urgente garantir imediatamente a proteção da população civil palestina indefesa, em cumprimento das obrigações do direito internacional humanitário", diz uma carta enviada ao Conselho de Segurança pelo embaixador da Palestina na ONU, Riad Mansour.
A carta foi divulgada pela imprensa em Jerusalém nas últimas horas e expõe a situação dos palestinos frente ao que chama "castigo coletivo" de Israel "contra a população civil sob ocupação".
"As vítimas e os feridos palestinos, incluindo mulheres e crianças, estão crescendo tragicamente", explica o documento sobre a situação em Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Gaza.
Pelo menos 17 palestinos morreram e mais de mil ficaram feridos nos últimos dias por causa da escalada de violência, que também deixou quatro mortos e mais de 12 feridos no lado israelense.
"Me vejo obrigado a transmitir a grave preocupação da liderança palestina e nossa total condenação pela continuação das flagrantes agressões israelenses, sua incitação à violência e ao terrorismo contra o povo palestino", ressalta a carta.
Mansour também lembra no documento a recente convocação feita pelo prefeito israelense de Jerusalém, Nir Barkat, que pediu às pessoas com porte de armas as levem para as ruas.
Barkat fez a solicitação por causa da onda de esfaqueamentos de palestinos na última semana em Jerusalém, Kiryat Gat, Tel Aviv, Petahtikva e Afula.
Para o embaixador palestino, trata-se de uma "provocação" e uma "incitação" que só serve para agravar a situação e "acrescentar tensão" junto com a proibição da entrada de fiéis muçulmanos na Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, onde está o complexo de Al-Aqsa, um dos principais locais sagrados do Islã.