Exército sírio inicia operação terrestre com apoio aéreo russo
Fonte disse à AFP que operação terrestre começou em Hama, no Centro.
Bombardeios partiram também de navios no Mar Cáspio.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que os ataques aéreos serão intensificados para apoiar a ofensiva terrestre do exército de Bashar al-Assad contra o grupo Estado Islâmico (EI).
"Sabemos até que ponto as operações deste tipo [antiterroristas] são complicadas. E certamente ainda é cedo para tirar conclusões, mas o que foi feito até agora merece uma boa avaliação", disse Putin em uma reunião com o ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, exibida pela televisão.
O ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, afirmou que, desde 30 de setembro, 112 alvos jihadistas foram bombardeados pelos russos.
Além da ofensiva aérea, navios de guerra russos dispararam 26 mísseis de cruzeiro contra posições da organização Estado Islâmico. Os disparos foram realizados por quatro navios da Frota do Mar Cáspio contra onze alvos, que foram destruídos, disse o ministro Sergei Shoigu, após se reunir com o presidente Vladimir Putin.
Apesar de a ação coordenada desta quarta-feira marcar uma escalada militar, não ficou imediatamente claro se haveria ganhos rápidos em um conflito que já se arrasta há mais de quatro anos, segundo a Reuters.
"Ainda não há nenhuma informação de qualquer avanço (do governo) no terreno, mas os ataques aéreos atingiram veículos e bases insurgentes", disse Rami Abdulrahman, chefe do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Aviões russos executaram intensos bombardeios nesta quarta nas províncias de Idleb e Hama, noroeste e centro da Síria, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
"Aviões, ao que parece russos, bombardearam pelo menos quatro pontos da província de Hama e três em Idleb", afirma um comunicado da ONG com sede no Reino Unido.
Coordenação
A Rússia disse nesta quarta que poderia aplicar propostas americanas para coordenar os bombardeios na Síria com os da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.
"O ministério russo da Defesa respondeu às demandas do Pentágono e examinou de maneira profunda as propostas americanas sobre a coordenação das operações como parte da luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) no território sírio", disse o porta-voz do ministério russo da Defesa, o general Igor Konashenkov.
"Globalmente, estas propostas podem ser aplicadas", completou. "Estamos tentando esclarecer do nosso lado alguns detalhes técnicos que serão discutidos entre analistas do ministério russo da Defensa e os do Pentágono", afirmou o general.
Autoridades americanas e russas se reuniram na semana passada, a pedido de Moscou, para debater os meios para evitar qualquer incidente potencial no espaço aéreo sírio.
Apoio francês
Putin também afirmou, em reunião transmitida por televisão local que o colega francês, François Hollande, sugeriu uma aliança entre o regime sírio e a oposição do Exército Sírio Livre (ESL). Mas a presidência francesa desmentiu de maneira imediata a sugestão.
"O presidente falou sobre a necessidade da presença da presidência da oposição síria em uma eventual mesa de negociação. O resto não está sendo considerado", disse uma fonte próxima a Hollande, segundo a AFP.
Putin já havia proposto, no início oficial da intervenção militar russa no conflito sírio, uma aliança com os Estados Unidos e seus sócios, que atacam regularmente o EI em território sírio há mais de um ano. A proposta foi rejeitada por Washington, que acusa por sua vez Moscou de simplesmente apoiar o regime de Assad.
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