Irã decide não mais executar adúltera
Presidenta Dilma Rousseff foi a primeira a ser notificada
Tamanho da Fonte Redação Jornal Coletivo
Irã – Em carta enviada, hoje, à presidenta Dilma Rousseff, a presidente da Comissão de Direitos Humanos do Parlamento iraniano, a deputada Zohre Elahian, informou que a pena de enforcamento contra a iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, acusada de adultério e de planejar a morte do marido, foi suspensa.
Ao lado do filho, Sakineh Mohammadi Ashtiani, depois de anos no corredor da morte, agora espera ser libertada pelo seu governo O Brasil foi o primeiro a ser informado da decisão, em consideração ao pedido de concessão de asilo político a Sakineh feito pelo ex-presidente Lula ao governo iraniano em julho do ano passado. O governo do Irã rejeitou a oferta, elogiando o "caráter humano e sensível" de Lula, mas alegando que ele não estava de posse de todos os fatos. O Brasil tem boas relações com o Irã, e no ano passado mediou um acordo nuclear, rejeitado por potências ocidentais.
Na carta, Zohre disse que a pena de enforcamento foi suspensa, devido a apelos dos filhos de Sakineh e ao perdão da família de seu marido. Pela lei islâmica, o adultério pode ser punido com a morte por apedrejamento, enquanto crimes como homicídio, estupro, assalto, apostasia e narcotráfico resultam em enforcamento. O caso de Sakineh abalou ainda mais as relações entre o Irã e o Ocidente, já prejudicadas por causa do programa nuclear iraniano, que os EUA e seus aliados temem estar voltados para o desenvolvimento de armas nucleares nos próximos anos.
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