quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Ex-primeiro-ministro afirma que Assad controla apenas 30% da Síria



Riad Hijab diz que regime está afundando "militar, econômica e moralmente"
Do R7, com agências




KHALIL MAZRAAWI / AFP
Riad Hijab concedeu sua primeira entrevista coletiva nesta terça-feira (14) e afirmou que o regime sírio está entrando em colapso


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O ex-primeiro-ministro sírio Riad Hijab, que desertou na semana passada, afirmou nesta terça-feira (14) que o regime do presidente Bashar al-Assad controla apenas 30% do território da Síria.

"O regime sírio controla apenas 30% do território da Síria", disse o ex-premier durante uma entrevista coletiva em Amã.

— O regime está afundando militar, econômica e moralmente.

Em sua primeira entrevista coletiva após deixar o governo sírio, Hijab pediu união dos opositores no exílio e que os oficiais do Exército de Assad se somem à revolução.

O primeiro-ministro disse que desertou de forma voluntária e negou que tenha sido destituído, como afirmou Damasco.

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Fontes governamentais jordanianas anunciaram que Hijab entrou na Jordânia em 8 de agosto, dois dias depois da televisão síria anunciar que seu mandato foi cassado.

"As brigadas do Exército Livre Sírio desempenharam um papel importante na minha saída da Síria", destacou o ex-primeiro-ministro, em referência aos rebeldes que o ajudaram a escapar do cerco militar montado pelo regime após sua deserção.

Hijab se declarou "inocente" do regime corrupto e disse que deixou o governo para servir à pátria e por estar insatisfeito. Além disso, prometeu ser "um soldado fiel de seu país entre os revolucionários" e afirmou que não deseja cargos no futuro.

Para o ex-primeiro-ministro, o regime só se sustenta graças à "opressão", enquanto o fosso entre governo e população está cada vez maior. "O governo não era capaz de satisfazer as esperanças do povo e parecia que eu estava contra o povo, mas só Deus sabe o que sofria quando escutava informações de bombardeios nas cidades", revelou Hijab.

O desertor agradeceu o apoio do rei jordaniano, Abdullah II, assim como da Arábia Saudita, Catar e Turquia, a quem pediu que sigam apoiando a revolução na Síria.

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