Além de destruir a Palestina, Israel ameaça o governo Obama - Helio Fernandes
Os que defendem o assassinato em massa praticado pelos israelenses contra os palestinos usam de todos os recursos, mesmo os mais sujos, deprimentes e antidemocráticos.
O presidente da UE (União Européia) já disse sem constrangimento e exibindo um terrorismo sem ética:
“A ação de Israel é puramente DEFENSIVA”.
Quer dizer: massacram os palestinos da Faixa de Gaza, matam mais de 150 pessoas por dia, perderam apenas um homem, e isso é chamado de defensivo.
A chanceler de Israel, desmoralizando as mulheres que estão em alta no mundo: “Não há necessidade de trégua humanitária em Gaza, pelo fato de não haver crise humanitária” . E nem toma remédio para dormir.
O ministro da Defesa de Israel (que por infelicidade se chama Barak) atira certeiro contra a democracia:
“Essa guerra é movida por interesses políticos, os dois lados têm eleições quase que imediatamente”.
Esse ministro Barak, que em vez de Defesa deveria se chamar de Ataque, considera que a proximidade de eleição provoca imediatamente uma guerra. Só que não está havendo guerra e sim massacre.
Além do mais, o mundo inteiro realiza eleições e isso não se traduz em guerra perto ou distante. Os EUA, que protegem Israel, financiam suas loucuras, permitem esses massacres, saíram de uma eleição duríssima.
E não há guerra à vista, a não ser indiretamente por causa do Poder de VETO dos EUA no Conselho de Segurança.
A ONU, agonizante, vai morrer da mesma forma que a Liga das Nações depois da Primeira Guerra Mundial.
Essas questões como a de Israel-Palestina deveriam ser resolvidas de forma diplomática. Mas quem acredita nisso, se 5 países têm mais poder do que todos os outros?
Na verdade, a ONU praticou suicídio, logo depois do nascimento. Em 1948 (há 60 anos), a ONU acertou em cheio criando dois Estados: Israel e Palestina. Mas, por interesses políticos, o Estado da Palestina jamais existiu.
Um cientista político, desses que preenchem o tempo da televisão com o vazio de suas considerações, dizia anteontem: “O problema Israel-Palestina só será resolvido pelas novas gerações”.
Quanto mais tolos, ignorantes ou envolvidos em interesses escusos, mais espaço obtém na comunicação. O que esses Cientistas chamam de “novas gerações”, já estão contaminados no berçário.
A solução definitiva, pacífica e construtiva, tem que surgir obrigatoriamente da criação dos dois Estados. Aí, milhões de pessoas podem conviver, confraternizar, atravessar territórios, sem fronteiras, sem medo e sem ódio.
E, como conclusão do aparecimento desse dois Estados independentes, uma reformulação da ONU, ainda no velório antes do crepúsculo da liberdade e da democracia.
No que identificam sempre como Terceira Guerra Mundial, Israel pode substituir a antiga União Soviética. A chanceler, o ministro da Defesa e o primeiro-ministro adorariam.
PS – Ninguém no mundo tinha qualquer dúvida: no Conselho de Segurança, os EUA vetariam qualquer intervenção em Israel. Escrevi isso no primeiro dia, grande novidade. O problema dentro de 13 dias passará a ser de Obama presidente. E que problema.
PS 2 – Intervir diretamente em Israel? Essa será a primeira missão de dona Hillary? Deixar como está, ou seja, praticar o ato supremo, covarde e negativo da omissão?
PS 3 – Isso contraria todo o programa e as promessas de Obama, mesmo as não específicas. Além do crime do massacre, Israel destrói, antes mesmo de começar, tudo o que o mundo esperava de Obama. Que tristeza.
Um começo medíocre e monótono
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