Bin Laden esteve "ao alcance" dos EUA em 2001, diz relatório
da BBC Brasil
Um relatório apresentado pelo Senado dos Estados Unidos concluiu que o líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden, estava "ao alcance" das forças militares americanas no Afeganistão no final de 2001.
Segundo o documento, preparado por democratas da Comissão de Relações Exteriores do Senado, os militares pediram reforço para intensificar as operações naquela época, mas não obtiveram.
'Enquanto a vasta estrutura do poderio militar americano era mantido em segundo plano, o comando dos Estados Unidos preferiu confiar em ataques aéreos e em milícias afegãs destreinadas', afirma o relatório, em relação à operação para perseguir Bin Laden no complexo de cavernas e túneis nas montanhas conhecido como Tora Bora.
"Por volta do dia 16 de dezembro (de 2001), dois dias depois de redigir seu testamento, Bin Laden e seus guarda-costas saíram a pé de Tora Bora, sem serem incomodados, e desapareceram na área tribal e sem lei do Paquistão", completa o documento.
Bush
O relatório critica ainda os membros do governo do então presidente, George W. Bush, e os comandantes militares da época, e rejeita alegações dadas por eles de que as informações de inteligência recebidas sobre a localização de Bin Laden naquele momento eram inconclusivas.
"A revisão de documentos daquela época, dados não classificados coletados pelo governo e entrevistas com pessoas centrais a este relatório remove qualquer dúvida pendente e deixa claro que Osama Bin Laden estava a nosso alcance em Tora Bora", afirma.
Os autores do texto apresentado pelo Senado americano reconhecem que a captura do líder da Al Qaeda "não teria eliminado a ameaça terrorista no mundo".
Mas eles acrescentam que "as decisões que abriram as portas para sua fuga para o Paquistão permitiram a Bin Laden emergir como uma poderosa figura simbólica que continua a atrair um fluxo estável de dinheiro e a inspirar fanáticos em todo o mundo", conclui.
O relatório é apresentado no momento em que o presidente Barack Obama se prepara para anunciar uma decisão sobre o envio de novas tropas para o Afeganistão.
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