Empate eleitoral em Israel abre

busca por coalizões

Portal EBC* - 23.01.2013 - 19h39 | Atualizado em 23.01.2013 - 20h02



Primeiro ministro Benjamín Netanyahu terá de buscar apoio entre os partidos de centro e esquerda para formar governo (Agência Télam)
Apesar de obter a maior votação nas eleições parlamentares realizadas nesta terça-feira (22), a coalizão de direita encabeçada pelo primeiro ministro israelense Benjamín Netanyahu, a totalidade de partidos de direita e religiosos não conseguiram uma maioria absoluta e ficaram com 60 deputados, o que representa metade da Câmara.

Veja análise do cientista político Emir Sader em entrevista à TV Brasil


A paridade nas eleições parlamentares obrigará Netanyahu a sair de seu bloco para buscar apoio entre os partidos de centro e esquerda. Já para a oposição, a única opção para mudar o primeiro ministro do país seria que a centro esquerda e os partidos árabes se unissem com os 11 eleitos do partido ultraortodoxo Shas ou com os 7 do Judaísmo Unido de la Torá, uma combinação complicada e altamente improvável.
Aos 31 lugares do Likud-Beitenu, formada pela união entre os partidos de Netanyahu e de Avigdor Lieberman se somam 11 votos do partido ultraortodoxo Shas, sete do Judaísmo Unido de la Torá e os 11 do sionismo religioso Lar Judeu (Habayit Hayehudi), encabeçado por Naftalí Bennett.
O resultado fez com que grupos islamitas como Hamas, que governa a Faixa de Gaza, considerassem que nas eleições israelenses “triunfaram os grupos mais fanáticos e racistas”, partidários da colonização da Palestina.
A outra metade das cadeiras ficou com os partidos de centro e esquerda. A liderança desse amplo setor ficou com o partido Yesh Atid, de Yair Lapid, que obteve 19 lugares, seguido pelo Partido Trabalhista, de Shelly Yajimovich (15), Hatnuá, de Tzipi Livni (09), o pacifista Meretz (6) , o esquerdista Hadash (4) o centrista Kadima (2). A esses parlamentares se somariam as oito cadeiras que conseguiram os partidos árabes: Balad (03) e Lista Árabe Unida Taal (5).
*Com informações da agência pública de notícias da Argentina, Télam
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