domingo, 17 de janeiro de 2010

Casal turco completa 90 anos de casado e vira símbolo do amor eterno


Dogan Tiliç Ancara, 16 jan (EFE).- Eles têm 112 e 110 anos de idade, estão casados há 90, viram juntos a queda do Império Otomano, acompanharam o surgimento de novos países e sonham em continuar unidos até que a morte os separe.

A história do casal centenário formado por Abdullah e Elif virou símbolo de amor eterno na Turquia.

Abdullah Adiguzel, nascido em 1898, e sua mulher, Elif, nascida em 1900, se apaixonaram quando jovens e asseguram que nunca tiveram problemas no casamento em todo este tempo de convivência.

"Nos queremos muito. Nunca tivemos problemas em 90 anos. Só temos um último desejo: morrermos juntos. Porque se um de nós morrer, o outro sentirá que perdeu sua outra metade", explicou Elif à agência turca "Anadolu".

O filho mais jovem do casal, Ismail, de 60 anos e que ainda mora com eles, afirma que os pais são um "exemplo de amor" e de "casamento perfeito", não só para a família mas para todos que os conhecem.

"Sempre foram fiéis. Nunca vi fazerem mal um ao outro. Frequentemente dizem que, se um deles morre, o outro lhe seguirá" explica o filho.

Elif, muito mais faladora do que seu marido, afirma que se "casaram por amor".

Um amor que tem reflexos de continuar por muito tempo ainda. "Meu marido não ouve bem já faz alguns anos, mas este é o único problema de saúde que tem. Em meus 110 anos de vida, a única cirurgia que fiz foi de cataratas", explicou Elif.

A mulher deu à luz dez filhos, dos que sete ainda estão vivos. A família continua aumentando e soma 113 membros entre netos e bisnetos e, cada ano, em algumas ocasiões especiais e durante as festas religiosas, todos se juntam no pequeno povoado de Yazibasi, na província oriental de Malatya, onde vivem Elif e Abdullah.

O homem completará 113 anos no mês que vem e conserva vivas lembranças de tempos muito antigos. Tanto ele como sua mulher nasceram quando seu país era ainda Império Otomano e juntos viveram a queda dos sultões, a fundação da moderna República da Turquia e várias guerras.

Por exemplo, Abdullah se recorda perfeitamente da Primeira Guerra Mundial e de como, anos depois, em 1920, fez o serviço militar em Dardanelos, e teve de cavar novas trincheiras onde ainda permanecia viva a destruição de uma das batalhas mais sangrentas da Primeira Guerra Mundial.

"Estou muito feliz com minha mulher. Ambos nos apoiamos em tudo ao longo de nossas vidas", conta.

O simpático casal acha que o segredo de sua longa vida está na alimentação natural e saudável que sempre tiveram.

"Comemos coisas do povo. Antes, tudo tinha seu próprio sabor. Mas nos últimos anos já não encontro esses velhos sabores. Deixei de comer verduras porque cheiram a remédios. Acho até que o pão que fazemos em casa não é igual ao de antes", explica Elif.

Provavelmente há um grande amor no casal de Yazibasi, mas também é certo que, nos povos da Anatólia rural, os casamentos duram até a morte de um, como demonstra um dos refrães dessa geografia: "Entrarás à casa de teu marido com um vestido branco de noiva, mas só sairás envolvida em uma branca mortalha".

No entanto, a história de Elif e Abdullah, talvez lhe cole mais o desejo que se formula aos casais nas bodas tradicionais da Anatólia: "Bir yastikta kocayin", o que significa: "Envelhecei com vossas cabeças sobre um só travesseiro".

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Ataques aéreos israelenses em Gaza deixam um morto e dois feridos

08/01 - 06:19 - AFP

Logo AFP


Ataques aéreos israelenses contra sete alvos na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, deixaram um morto e dois feridos na madrugada desta sexta-feira, informaram os serviços de emergência palestinos.
A aviação israelense bombardeou dois túneis utilizados pelos palestinos para introduzir mercadorias procedentes do Egito no enclave palestino, submetido a um bloqueio por Israel.

Os ataques aconteceram depois de mais de 10 disparos de morteiros e foguetes a partir do território palestino contra Israel, na quinta-feira, que não deixaram vítimas.

A aviação de Israel também bombardeou três alvos perto da cidade de Gaza e dois nas proximidades de Khan Yunes, sul da Faixa de Gaza. Os ataques tiveram como alvos edifícios vazios e espaços abertos.

Na quinta-feira, a aviação militar israelense lançou panfletos sobre o norte de Gaza e a cidade de mesmo nome para alertar que os habitantes não deveriam se aproximar a menos de 300 metros da fronteira de alta segurança com Israel.

bur-gr/fp

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Dubai inaugura edifício com 828 metros de altura (Vídeo)

Mesmo em crise, Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, fez uma festa para a inauguração do prédio com 160 andares, que exigiu trabalho de 12.000 operários ao longo de cinco anos. Graças a um empréstimo do governo de Abu Dhabi, o prédio de 828 metros de altura pôde ser concluído. Ganhou assim o nome do emir de Abu Dhabi, xeque Khalifa bin Zayed Al Nahyan, que também preside os Emirados Árabes Unidos. O edifício se chama Burj

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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Dubai inaugura maior arranha-céu do mundo


O prédio mais alto do mundo, Burj Dubai - que em árabe quer dizer Torre Dubai - será aberto nesta segunda-feira (4) em Dubai.

A construção do edifício mais alto do mundo, erguido em Dubai, contou com funcionários de mais de 30 empresas diferentes. No pico da construção, mais de 12.000 trabalhadores e contratados estavam no local todos os dias, representando mais de 100 nacionalidades diferentes

A inauguração ocorre pouco depois de o emirado pedir moratória e de ter que recorrer a um empréstimo de US$ 10 bilhões do emirado vizinho Abu Dhabi para pagar suas dívidas.

Com mais de 800 metros de altura, o edifício de 160 andares ultrapassa em centenas de metros o prédio que vinha sendo o mais alto do mundo, o Taipei 101, em Taiwan, que mede 508 metros de altura.

O prédio é duas vezes mais alto que o Empire State, em Nova York, é possível vê-lo a uma distância de 95 quilômetros e o exterior é coberto com cerca de 28 mil painéis de vidro, que brilham ao sol do deserto em torno de Dubai.

O desenho do edifício trouxe desafios técnicos e logísticos sem precedentes, não apenas por conta de sua altura, mas também porque Dubai é suscetível a fortes ventos e está perto de uma falha geológica.

Os ventos no emirado chegam a 50 km por hora, e no topo do prédio a velocidade pode ser três vezes mais alta.

"Você encontra as soluções para o problema, mas sempre se pergunta se elas vão realmente funcionar", disse à BBC Mohamed Ali Alabbar, diretor da Emaar, a empresa responsável pela construção.

"Fomos atingidos por raios duas vezes, houve um grande terremoto no ano passado originado no Irã, e tivemos todos os tipos de vento atingindo o prédio durante a construção. Os resultados foram bons e eu cumprimento os arquitetos e profissionais que ajudaram a construí-lo."

Poder do leste
Nas últimas duas décadas, houve um aumento da construção de arranha-céus na Ásia e Oriente Médio, onde se localizam hoje quatro dos cinco edifícios mais altos do mundo.

"Isso se deve à confiança", afirma Andrew Charlesworth da consultoria imobiliária Jones Lang LaSalle. "Muitas dessas economias emergentes se veem como importantes jogadores mundiais e querem demonstrar que são capazes de desenvolver este tipo de projeto."

"A riqueza do mundo está se mudando do Ocidente para o Oriente e as economias emergentes querem destacar suas expectativas para o futuro em termos de como elas vão se posicionar globalmente."

Elefante branco?
Dubai é uma cidade de superlativos, onde tudo é maior e mais arrojado. Nos últimos anos, a cidade atraiu a atenção internacional com ilhas artificiais, edifícios giratórios e um hotel sete estrelas.

Mas, como muitos dos outros prédios mais altos do mundo do passado, Burj Dubai foi planejado e construído durante os anos de crescimento econômico, e foi concluído durante a crise global do mercado de crédito - o Empire State foi concluído durante a Grande Depressão dos anos 30 e as Torres Petronas, na Malásia, durante a crise asiática dos anos 90.

Muitos questionaram se o novo edifício seria um elefante branco, mas Ali Alabbar, presidente da empresa responsável pela construção, afirma que 90% do prédio já foram vendidos e que a construtora já obteve mais de 10% de lucro.

A maioria dos imóveis foi vendida ainda na planta, antes da crise no mercado imobiliário, e os compradores já pagaram 80% do valor, com os 20% restantes a serem pagos na ocupação.

Para os investidores, o resultado de seu empreendimento ainda é incerto. No auge de sua avaliação, os imóveis valiam até 5.000 dirhams (cerca de R$ 2.365) por metro quadrado, mas com a crise, o preço chegou a cair 50% e pode cair outros 30%, segundo o analista imobiliário do banco de investimentos USB Saud Masud.