domingo, 21 de junho de 2009

Democratas pedem a Obama que não se envolva no conflito no Irã

WASHINGTON, EUA, 21 Jun 2009 (AFP) - O Partido Democrata defendeu neste domingo a postura adotada pelo presidente Barack Obama frente ao conflito do Irã e pediu que ele continue sem se envolver apesar da pressão dos republicanos que exigem que os Estados Unidos tomem as rédeas no assunto.

O presidente americano foi informado sobre os últimos acontecimentos no Irã em uma sessão de 30 minutos no Salão Oval, mas a Casa Branca não publicou novas declarações do governo.

Na sexta, a Casa Branca desmentiu as versões sobre divergências entre o presidente Obama e seu vice Joseph Biden a respeito da atitude a adotar ante a situação do Irã depois das controvertidas eleições presidenciais.

"Dizer que Biden criticou certas declarações de Obama é incorreto", declarou o porta-voz presidencial, James Carney.

Segundo algumas fontes, Biden classificou, em particular, como "erro" as declarações feitas na terça-feira por Obama nas quais minimizava as diferenças políticas entre o presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, e seu oponente nas recentes eleições, Mir Hossein Moussavi.

sábado, 20 de junho de 2009

O fenômeno dos microblogs: Twitter se torna arma de apoio aos protestos políticos do Irã



Mir Houssein Mousavi usa Twitter para organizar protestos


Por: Raquel Camargo,
no dia 16 de junho de 2009

O Twitter mais uma vez está sendo usado com cunho político, e tem garantido a possibilidade de expressão e de distribuição de informações.

Dessa vez o problema acontece no Irã. Após o governo iraniano bloquear as comunicações via celular e o acesso a vários sites que teriam conteúdos usados pelos eleitores da oposição, a população viu o Twitter como alternativa.

O usuário @mousavi1388, que se identifica como o candidato Mir Houssein Mousavi (que foi vencido nas eleições locais), tem usado o sistema para fazer contato com seus partidários, marcar protestos e divulgar fotografias dos movimentos políticos.

O Twitter também tem servido de palco para desabafos e denúncias do país. Vários usuários têm publicado mensagens falando de violência policial e demais problemas.

Por causa de seu poder de pulverização de informações e facilidade de publicação, o acesso ao microblog já foi bloqueado, por exemplo, em Dubai.


Twitter adia manutenção em nome do Irã

O Twitter ficaria fora do ar durante 90 minutos nesta segunda-feira devido à um trabalho de manutenção, entretanto, por causa da situação do Irã a paralisação foi adiada.

“Uma atualização crítica deve ser feita para garantir a operação do Twitter. O responsável pelo nosso servidor havia planejado essa atualização para a noite desta segunda-feira. No entanto, nossos parceiros na NTT America reconhecem o papel do Twitter como uma importante ferramenta de comunicação no Irã. A manutenção foi adiada para a terça-feira entre 14h e 15h (Hora do Pacífico) (1h30m, no Irã)”, informou Biz Stone, CEO do Twitter.

O uso do microblog para discutir a polêmica da política do Irã tem sido tão intenso que o termo mais citado nesta terça feira é “”#iranelection”.

É possível acompanhar as discussões sobre as eleições do Irã pelo serviço de busca do Twitter.
Pesquisa internacional revela importantes números sobre Twitter
Por: Raquel Camargo,
no dia 12 de junho de 2009

Neste mês uma delicada e bem elaborada pesquisa sobre o comportamento dos usuários do Twitter foi divulgada. Elaborado pela Sysomos Inc, empresa já experiente na análise de mídias sociais, o estudo apontou várias informações estatísticas com base em 11,5 milhões de usuários existentes no Twitter.

A pesquisa apontou que:

* 72,5% de todos os utilizadores aderiram durante os primeiros cinco meses de 2009,
* 85,3% de todos os usuários do Twitter postam menos que um update/dia,
* 21% dos usuários nunca sequer fizeram uma publicação,
* 93,6% dos twitteiros têm menos de 100 seguidores,
* 5% dos usuários representam 75% de toda a atividade do sistema
* Nova Iorque é o local que tem o maior número de twitteiros, seguido por Los Angeles, Toronto, São Francisco e Boston. Detroit foi o local que mais teve adesões durante os primeiros cinco meses de 2009,
* Mais de 50% de todas as atualizações são feitas a partir de ferramentas/programas. O TweetDeck é a alternativa mais popular, alcançando 19,7% das pessoas,
* 53% do universo Twitter é representado por mulheres e 47% por homens,
* O Brasil é o quinto país no ranking de usuários.

No post que divulgou os dados, os responsáveis pela pesquisa sugerem que o material seja discutido no próprio Twitter acompanhado da hastag #sysomossurvey e/ou com cópia para @sysomos. Questionamentos referentes aos dados informados, devem ser feitos diretamente à eles, lógico… :)

Twitter se torna arma de apoio aos protestos políticos do Irã

Por: Raquel Camargo,
no dia 16 de junho de 2009

O Twitter mais uma vez está sendo usado com cunho político, e tem garantido a possibilidade de expressão e de distribuição de informações.

Dessa vez o problema acontece no Irã. Após o governo iraniano bloquear as comunicações via celular e o acesso a vários sites que teriam conteúdos usados pelos eleitores da oposição, a população viu o Twitter como alternativa.

O usuário @mousavi1388, que se identifica como o candidato Mir Houssein Mousavi (que foi vencido nas eleições locais), tem usado o sistema para fazer contato com seus partidários, marcar protestos e divulgar fotografias dos movimentos políticos.

O Twitter também tem servido de palco para desabafos e denúncias do país. Vários usuários têm publicado mensagens falando de violência policial e demais problemas.

Por causa de seu poder de pulverização de informações e facilidade de publicação, o acesso ao microblog já foi bloqueado, por exemplo, em Dubai.
Mir Houssein Mousavi usa Twitter para organizar protestos

Mir Houssein Mousavi usa Twitter para organizar protestos

Twitter adia manutenção em nome do Irã

O Twitter ficaria fora do ar durante 90 minutos nesta segunda-feira devido à um trabalho de manutenção, entretanto, por causa da situação do Irã a paralisação foi adiada.

“Uma atualização crítica deve ser feita para garantir a operação do Twitter. O responsável pelo nosso servidor havia planejado essa atualização para a noite desta segunda-feira. No entanto, nossos parceiros na NTT America reconhecem o papel do Twitter como uma importante ferramenta de comunicação no Irã. A manutenção foi adiada para a terça-feira entre 14h e 15h (Hora do Pacífico) (1h30m, no Irã)”, informou Biz Stone, CEO do Twitter.

O uso do microblog para discutir a polêmica da política do Irã tem sido tão intenso que o termo mais citado nesta terça feira é “”#iranelection”.

É possível acompanhar as discussões sobre as eleições do Irã pelo serviço de busca do Twitter.

domingo, 14 de junho de 2009

Ahmadinejad nega acusações de fraude e diz que vitória é do povo

Teerã

O presidente iraniano reeleito, Mahmoud Ahmadinejad, negou neste sábado (13) que tenha havido fraude nas eleições presidenciais. Em discurso na televisão estatal, Ahmadinejad qualificou as eleições de "justas" e felicitou os que trabalharam no processo porque, em sua opinião, "fizeram um trabalho impecável".

* AFP

Antes de sua surpreendente vitória nas eleições presidenciais de 2005, Mahmoud Ahmadinejad foi prefeito da capital Teerã. Filho de um ferreiro, mudou-se do norte do Irã para a capital com sua família durante a infância; mais tarde, doutorou-se em engenharia civil. Durante a corrida eleitoral de quatro anos atrás, Ahmadinejad prometeu dedicar aos pobres o dinheiro que o país consegue com o petróleo, mas durante seu governo o país encontrou graves problemas econômicos (em parte devido a sanções internacionais), que agora são denunciados pelos outros candidatos presidenciais. Ahmadinejad ficou conhecido por seus comentários polêmicos, entre os quais a negação do Holocausto, o desejo de "tirar Israel do mapa" e declarações homofóbicas. Ele reivindica o direito de enriquecer urânio no Irã para gerar energia elétrica, um programa que Israel e os Estados Unidos acusam de ter fins bélicos


A Comissão Eleitoral Iraniana divulgou hoje a vitória no primeiro turno do atual presidente iraniano, que conseguiu 62,63% dos votos (24.527.516), o dobro de votos do segundo colocado, o reformista ex-primeiro-ministro Mir Hossein Mousavi.

Mousavi ficou com 33,75% (13.216.411) da preferência dos eleitores. Os outros dois candidatos - o conservador Mohsen Rezaei teve 1,73% e o clérigo reformista Mehdi Karrubi ficou com 0,85%.

A campanha do candidato reformista pediu ao Conselho de Guardiães do Irã que revise os "erros" ocorridos nas eleições presidenciais e anule seu resultado. O resultado provocou uma série de confrontos nas ruas de Teerã. Centenas de voluntários da milícia islâmica "Basij" tomaram os arredores do Ministério do Interior e da sede do candidato opositor.

O líder supremo da Irã, o aiatolá Ali Khamenei, saiu em defesa da vitória de Ahmadinejad e pediu aos candidatos derrotados que aceitem os resultados das eleições.

Disputas internas
Samareh Hachemi, chefe de campanha do presidente ultraconservador, qualificou de propaganda e ato de irresponsabilidade a decisão de Moussavi de reclamar também a vitória e afirmou que a derrota é o episódio final de três meses de irrealidade.

Ahmadinejad "é o presidente de todos os iranianos". "Os outros candidatos devem respeitar o desejo do povo, respeitar as regras democráticas e ajudar a criar uma atmosfera sã que elimine as tensões", afirmou. "A diferença de milhões de votos demonstra quem são aqueles que têm mentido", completou Hachemi.

Os dois candidatos chegaram a cantar vitória antes da apuração dos votos. A agência oficial Irna anunciou a vitória de Ahmadinejad, pouco depois de seu principal adversário ter reivindicado o triunfo no primeiro turno. Os resultados finais devem ser validados e ratificados pelo Conselho de Guardiães.

A votação começou às 8h (local) de ontem. Segundo os primeiros dados divulgados pelo Ministério do Interior, a participação dos eleitores foi de 75%, quase um recorde. As filas adiaram o fechamento dos locais de votação em mais de quatro horas, para que todos os eleitores pudessem votar. O eleito toma posse em setembro.

A eleição também foi marcada por denúncias de supostas irregularidades pela direção de campanha de Mousavi que teriam sido cometidas em diferentes colégios do Teerã. "Mais de 40% dos colégios da capital ficaram sem observadores", disse Ali Akbar, chefe do comitê de supervisão dos votos do candidato.
MAIS SOBRE AS ELEIÇÕES


Um grupo de desconhecidos atacou com bombas de fumaça uma das sedes eleitorais de Moussavi, sem deixar feridos, em um ato que causou pânico entre os eleitores, informou a agência EFE.

Em uma campanha que fez transparecer extremos da sociedade iraniana, jovens e mulheres clamaram por mudança nas ruas do Teerã, apoiando o líder reformista Hossein Mousavi.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou ontem acreditar em mudança no país. "Estamos entusiasmados de que haja, ao que parece, um forte debate no Irã", declarou à imprensa.

Campanha
A campanha refletiu as divisões profundas sobre o futuro do Irã, depois de quatro anos de mandato de Ahmadinejad. Os adversários criticaram a retórica violenta de Ahmadinejad durante a crise nuclear e contra Israel, o que contribuiu para isolar o país no cenário internacional.

O presidente ultraconservador retomou a bandeira da justiça social e da defesa dos mais pobres, que já havia usado em 2005. Endureceu o discurso com ataques pessoais contra Mussavi, a quem acusou de ser apoiado pelos "aproveitadores" do regime.

Mussavi, que retornou à vida política iraniana com força após 20 anos de ausência, denunciou as "mentiras" do presidente sobre seu balanço econômico e sua política populista.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Libano: Hizbollah reconhece derrota em eleição legislativa e pede cooperação

da Efe

O grupo xiita Hizbollah reconheceu sua derrota nas eleições parlamentares realizadas neste domingo no Líbano e pediu cooperação a seus rivais, o grupo pró-ocidental do 14 de Março. Segundo a imprensa local, a coalizão apoiada pelos Estados Unidos e países árabes moderados obteve 70 cadeiras, contra 58 da oposição, sustentada por Síria e Irã.

"As Forças do 14 de Março, apoiadas pelo Ocidente, preservam sua maioria, enquanto a oposição continua sendo uma oposição", afirma a rede de televisão "Al Manar", porta-voz do Hizbollah. "A votação aponta para uma vitória da coalizão 14 de Março, e mostra também a derrota dos libaneses que tinham esperança de mudanças neste país."

O Parlamento libanês conta com 128 cadeiras, 64 destinadas aos membros da comunidade cristã e os outros 64 aos da comunidade muçulmana.

Mais cedo, o líder do governo pró-ocidental Saad Hariri comemorou a vitória. "É um grande dia para a história do Líbano democrático", afirmou Hariri diante de seus partidários, aos quais agradeceu por ter ajudado a "obter liberdade e democracia" para o país.

Ele ressaltou que, neste pleito não há "vencedor nem vencido já que só o Líbano e a democracia são os vencedores".

O primeiro-ministro, Fouad Siniora, cuja lista ganhou na cidade de Sidon, fez um pouco antes uma declaração similar. "A vitória é de todos os libaneses e do Líbano porque é a do projeto da construção de um Estado e da preservação da soberania", disse.

Espera-se que o ministro do Interior, Ziad Barud, anuncie nesta segunda-feira os resultados oficiais do pleito, realizado em uma atmosfera tranquila. Cinquenta mil soldados e policiais foram mobilizados por todo o país para prevenir qualquer incidente.

domingo, 7 de junho de 2009

Obama fecha na Europa viagem na qual defendeu reconciliação com Oriente Médio

Paris, 7 jun (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conclui hoje uma viagem pelo Oriente Médio e Europa na qual considera que sentou as bases para uma reconciliação com o mundo muçulmano e um novo impulso ao processo de paz no Oriente Médio.

Obama dedica a manhã para fazer turismo por Paris com sua esposa, Michelle e filhas, Malia e Sasha, de dez e sete anos, que pela primeira vez se juntaram em uma viagem ao estrangeiro.

O presidente americano, que voltará esta tarde a Washington enquanto sua família permanece ainda alguns dias em Paris, assegurou, por boca de seus porta-vozes, que está "muito feliz" dos resultados de sua viagem, que o levou à Arábia Saudita, Egito, Alemanha e França.

Segundo seu assessor político, David Axelrod, a viagem permitiu "limpar toda a bagagem na relação entre Estados Unidos e o mundo muçulmano" e prestar homenagem às pessoas que criaram história e permitiram um futuro melhor.

A viagem se estruturou em torno de um evento central, seu discurso ao mundo muçulmano no Cairo, no qual pediu aos crentes islâmicos para se desprenderem de seus preconceitos contra os EUA e expôs as linhas mestras de sua política para o Oriente Médio, para oferecer à região uma nova relação baseada no respeito mútuo.

Dentro desse discurso, Obama aproveitou para pressionar em favor do processo de paz no Oriente Médio e colocar uma série de exigências claras às partes: aos israelenses, que reconheçam a necessidade de um Estado palestino e renunciem a estender seus assentamentos. E aos palestinos, que deixem de incitar a violência e estabeleçam melhores instituições de Governo.

Trata-se de uma mensagem que enfrenta - de maneira insólita para um presidente americano - o Governo israelense do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que rejeita renunciar aos assentamentos.

Em seu discurso, Obama também reiterou sua mensagem ao Irã de abertura de um diálogo sério se esse país se mostrar disposto a cumprir seus compromissos sobre seu programa nuclear.
UOL Celular

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Obama vai trabalhar para a criação de um Estado palestino, diz cônsul-geral dos EUA

Do UOL Notícias
Em São Paulo
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um aguardado discurso nesta quinta-feira (4) no Cairo, capital do Egito, em que afirmou que "o ciclo de suspeita e discórdia" nas relações entre os Estados Unidos e os muçulmanos deve acabar. Para encerrar o conflito no Oriente Médio, Obama propôs a coexistência de Israel com um Estado palestino, onde os dois povos possam viver em paz e segurança. "Buscarei pessoalmente este resultado com toda a paciência que esta tarefa requer", prometeu Obama, que chamou todas as partes para "cumprir as responsabilidades".

Segundo o cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, Thomas White, ficou claro no discurso de Obama que o povo palestino precisa de um Estado próprio e o presidente irá trabalhar para isso. "Precisamos acabar com a violência que existe. Todos precisam reconhecer o direito de Israel existir, mas o povo palestino precisa das oportunidades de ter um próprio Estado".

Em entrevista ao UOL Notícias, White comenta a importância do discurso de Obama desta quinta-feira (4), a mudança de foco dos EUA do Iraque para o Afeganistão e o Paquistão, a relação entre EUA e o Brasil e a possibilidade do visto para o turista brasileiro aumentar de cinco para dez anos. Veja a entrevista em vídeo abaixo:


UOL Celular